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Em conseqüência das invasões ao nordeste do Brasil, o capital neerlandês passou a dominar todas as etapas da produção de açúcar, do plantio da cana-de-açúcar ao refino e distribuição. Com o controle do mercado fornecedor de escravos africanos, passou a investir na região das Antilhas.
Mesmo depois de terem sido derrotados, os holandeses receberam dos portugueses o equivalente a R$ 3 bilhões em valores atuais para devolver o Nordeste ao controle lusitano no século 17.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus.
Na falta de metais preciosos, a solução para obter alguma forma de lucro no Brasil colônia, seria promover a produção de um gênero agrícola que tivesse grande aceitação e elevado preço no mercado europeu. O açúcar atendia perfeitamente essas exigências.
No Brasil, a expulsão dos holandeses desencadeou uma crise econômica no Nordeste. Portugal não tinha condições financeiras para reerguer os engenhos de açúcar, nem espaço no mercado externo para comercializar o produto. O ciclo econômico do açúcar, que tanto lucro deu aos portugueses, terminava.
A Insurreição Pernambucana: um dos mais importantes momentos da expulsão dos holandeses. Chegado o ano de 1640, a presença dos holandeses em território brasileiro esteve ameaçada pelo fim da União Ibérica.
Apesar dos vários momentos de crise e instabilidade, o açúcar sempre teve grande importância em nossa economia. Atualmente, a cana-de-açúcar também é utilizada para a produção de combustíveis e outros produtos de grande importância em nossa economia.
Em conformidade com sua ação exploratória, Portugal viu na produção do açúcar uma grande possibilidade de ganho comercial. A ausência de metais preciosos e o anterior desenvolvimento de técnicas de plantio nas Ilhas do Atlântico ofereciam condições propícias para a adoção dessa atividade.
Para evitar prejuízos ao comércio açucareiro, os holandeses passaram a invadir as possessões lusas tanto na América quanto na África. Em 1624, os holandeses invadiram o Brasil pela Bahia e ali se estabeleceram até 1625. Intentaram outra invasão, desta vez a Pernambuco (1630).
Com a invasão holandesa, a cidade de Recife foi transformada na capital de Pernambuco. Maurício de Nassau também incentivou a vinda de cientistas e artistas para o Brasil. Os cientistas promoveram uma série de estudos sobre a fauna e a flora locais, assim como estudaram doenças tropicais que atingiam a população.
O domínio holandês no Brasil foi curto. Aconteceu no século XVII, quando os holandeses ocuparam uma parte do Nordeste do Brasil. Lá, fundaram uma colônia chamada Nova Holanda, que incluía Pernambuco e outras capitanias. Seu principal interesse era controlar os centros de produção de açúcar.
No dia 22 de julho de 1635, Domingos Fernandes Calabar – o “herói” flamengo e “traidor” lusitano – foi submetido à forca, teve seus restos mortais esquartejados e espalhados em praça pública. Mesmo com sua morte, a dominação dos holandeses foi vitoriosa.
Para consolidar sua conquista, a Companhia nomeou como governador o conde João Maurício de Nassau, que atuou nos domínios holandeses de 1637 até 1644.
Maurício de Nassau promoveu obras para incentivar a urbanização da colônia holandesa, incentivou as artes e a ciência na região. Construiu biblioteca e um observatório astronômico (o primeiro das Américas). Construiu pontes importantes em Recife e ordenou a construção de um jardim botânico com plantas e animais raros.
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